sexta-feira, 15 de junho de 2012

Senador critica ingerência do MP do Trabalho nas questões sindicais

Julio Cesar Lima 

O senador gaúcho Paulo Paim (PT-RS) não poupou de críticas as tentativas do Ministério Público do Trabalho e também entidades estatais que têm, segundo ele, intimidado o movimento sindical por meio de decisões polêmicas e favoráveis ao fim da contribuição assistencial, o que fragilizaria a estrutura dos sindicatos.

“Alguém questiona quando o empresariado contribui em suas associações, ou quando um advogado contribui com a sua entidade. Da mesma forma, quem mais entende da classe trabalhadora é movimento sindical. Com todo respeito ao Ministério Público do Trabalho, mas estão atacando as entidades sindicais”, afirmou.

Paim participou na noite de quinta-feira (14), da abertura do Seminário “Sindicalismo Livre e Forte”, em Curitiba (PR), onde dezenas de entidades representantes dos trabalhadores debatem a investida do governo federal e do Poder Judiciário contra a contribuição assistencial, além de outras práticas que enfraquecem a organização das categorias.

“O MP é atuante em diversas áreas, mas deixem o movimento sindical em paz que ele vai se entender com o seu trabalhador!”, reclamou.

Para o coordenador geral das federações de trabalhadores do Paraná, Wilson Pereira, há falta de liberdade sindical. “Queremos a liberdade, não essa intimidação que está acontecendo. A quem isso interessa?, essa é a nossa pergunta”, afirmou.

O encontro continuou nesta sexta-feira (15), com palestras do ministro Sepúlveda Pertence, dos desembargadores José Carlos Arouca (TRT-SP), Luiz Eduardo Gunther (TRT-PR) e Delaíde Alves Miranda Arantes, ministra do TST.


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