O senador gaúcho Paulo Paim (PT-RS) não
poupou de críticas as tentativas do Ministério Público do Trabalho e também entidades
estatais que têm, segundo ele, intimidado o movimento sindical por meio de
decisões polêmicas e favoráveis ao fim da contribuição assistencial, o que
fragilizaria a estrutura dos sindicatos.
“Alguém questiona quando o empresariado
contribui em suas associações, ou quando um advogado contribui com a sua
entidade. Da mesma forma, quem mais entende da classe trabalhadora é movimento
sindical. Com todo respeito ao Ministério Público do Trabalho, mas estão
atacando as entidades sindicais”, afirmou.
Paim participou na noite de quinta-feira
(14), da abertura do Seminário “Sindicalismo Livre e Forte”, em Curitiba (PR), onde
dezenas de entidades representantes dos trabalhadores debatem a investida do
governo federal e do Poder Judiciário contra a contribuição assistencial, além
de outras práticas que enfraquecem a organização das categorias.
“O MP é atuante em diversas áreas, mas
deixem o movimento sindical em paz que ele vai se entender com o seu
trabalhador!”, reclamou.
Para o coordenador geral das federações
de trabalhadores do Paraná, Wilson Pereira, há falta de liberdade sindical.
“Queremos a liberdade, não essa intimidação que está acontecendo. A quem isso
interessa?, essa é a nossa pergunta”, afirmou.
O encontro continuou nesta sexta-feira
(15), com palestras do ministro Sepúlveda Pertence, dos desembargadores José
Carlos Arouca (TRT-SP), Luiz Eduardo Gunther (TRT-PR) e Delaíde Alves Miranda
Arantes, ministra do TST.
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