Bem Paraná
Apesar da pressão da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, o senador e
presidente do partido em Curitiba, Roberto Requião, sinalizou que não só
pretende manter o apoio à pré-candidatura de Rafael Greca à prefeitura da
Capital, como espera usar as eleições municipais deste ano como “trampolim”
para tentar voltar ao Palácio Iguaçu em 2014. Em uma série de declarações
postadas pelo twitter, Requião também deixou clara a intenção de resistir à
ação da ala peemedebista que defende o apoio à reeleição do atual prefeito
Luciano Ducci (PSB).
“O PMDB que pensa em 2014 me acompanha na candidatura
própria em Curitiba”, afirmou, mostrando que as articulações para as eleições
municipais estão diretamente ligadas ao futuro da legenda na disputa pelo poder
no Estado daqui a dois anos. “Os adesistas que não querem candidatura própria
em Curitiba, antecipam suas posições em 2014, ao governo”, avaliou.
domingo, 27 de maio de 2012
Com medo do mensalão, Lula pressiona STF
Congresso em Foco
O ex-ministro da Defesa e do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim negou que o ex-presidente Lula tenha pedido ao ministro do STF Gilmar Mendes para que adiasse o julgamento do mensalão. Em entrevista à revista Veja, Mendes disse que, no escritório de Jobim, Lula lhe pediu para adiar a análise do processo e ainda insinuou que poderia proteger o ministro do STF de eventual investigação da CPI do Cachoeira, controlada pela maioria governista no Congresso.
Em entrevista à Veja, ele afirmou não ter presenciado toda a conversa. Disse que, nos trechos dos quais participou, o diálogo entre Lula e Mendes transcorreu em tom amigável.
Mas, em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, Jobim disse que Lula e Mendes não ficaram sozinhos e os dois nem mesmo conversaram a sós na copa do escritório, como relatou o ex-ministro do STF à Veja. “O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos”, afirmou ex-ministro da Defesa. “O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá.”
Jobim ainda disse que, durante a conversa, o tema do mensalão ou da CPI não foi abordado. “De forma nenhuma, não se falou disso”, contou Jobim ao Estadão.
Inconveniente eleitoral
De acordo com o relato de Mendes à Veja, Lula disse que não seria bom julgar o mensalão em meio às eleições municipais. “É inconveniente julgar esse processo agora”, teria dito Lula, segundo o ministro do Supremo.
O ex-presidente lembrou a Mendes que o governo tem a maioria na CPI do Cachoeira e que poderia protegê-lo de eventuais investigações sobre uma viagem dele a Berlim, ainda de acordo com o relato do ministro do STF. Na capital da Alemanha, supõe-se que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), um dos principais alvos da comissão de inquérito por ser ligado ao bicheiro Carlos Augusto Ramos.
Paulo Paim tenta emplacar o fim do voto secreto para cassações
Redação
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que
será debatida nos próximos dias, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de
sua autoria, que estabelece o voto aberto nos casos de aprovação ou
exoneração de autoridades; perda de mandato parlamentar e no exame de vetos
presidenciais a projetos de lei.
”Eu não entendo, em plena democracia,
nós ainda estarmos votando secretamente. E por isso é que continuo
insistindo na importância de acabarmos com o voto secreto”, afirmou.
Já aprovada na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a proposta foi encaminhada à
Secretaria-Geral da Mesa, para inclusão na ordem do dia. Paim disse que as
redes sociais estão trabalhando muito bem ao fazer a divulgação da proposta.
Paim disse que fez um estudo sobre o
voto secreto e concluiu que essa modalidade não se encontra mais presente na
maioria dos países, como Estados Unidos, Inglaterra e Dinamarca. Ele lembrou
ainda que a proposta foi aprovada por unanimidade na CCJ.
Briga entre quilombolas e Forças Armadas é tema de encontro
Agência Brasil
Para dar visibilidade a violações de direitos de comunidades quilombolas em conflito com as Forças Armadas, o tema será levado à Cúpula dos Povos, evento da sociedade civil paralelo à Rio+20, em junho. A disputa nasce da ocupação tradicional de áreas de interesse militar na Bahia, no Rio de Janeiro e Maranhão.
De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra), o impasse é um entrave para emissão de títulos de propriedade para as comunidades Marambaia (RJ) e Rio dos Macacos (BA), que convivem com bases da Marinha, e Alcântara (MA), onde a Aeronáutica tem uma base de lançamento de foguetes.
A dificuldade de conciliar direitos de remanescentes de quilombos com interesses das Forças Armadas paralisa a regularização das terras. De outro lado, as comunidades denunciam que sofrem invasão de domicílio, ameaça a lideranças e outros atos de violência.
Cerca de 800 lideranças vindas de todo o país prometem reforçar, durante o encontro paralelo à Rio+20, as denúncias e cobrar do poder público uma solução para pôr fim a anos de conflitos.
O andamento dos processos depende de acordo no âmbito da Advocacia-Geral da União (AGU). O órgão criou câmaras de conciliação com o Incra e as Forças Armadas para encontrar um consenso, de modo a garantir o título de posse das terras ocupadas pelas comunidades, assegurando espaço suficiente para a sobrevivência cultural e econômica.
Assinar:
Comentários (Atom)